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segunda-feira, setembro 03, 2007

Filhota 2

A minha filha nº2 vai fazer 4 anos daqui a menos de 3 meses.
É o meu pequeno furacão. Nada fica na mesma depois dela passar.
É linda, muito bem disposta e activa, faladora e tem conversas espectaculares. Faz muita companhia e tem muita imaginação.
Mas tem uma personalidade fortíssima. Ela não se adapta. Tudo e todos os que estão à sua volta é que têm de se adaptar. Como isso não é sempre possível, e a vida não é assim, isso gera conflitos e birras constantes.
Com ela estamos frequentemente em desacordo, e sempre que temos de lhe dizer que algo não pode ser como ela quer, é birra certa. Deita-se no chão e pontapeia o que estiver à volta. A verdade é que leva castigo e mesmo umas palmadas no rabiosque, mas não resulta, pois ela não acalma e fica ainda mais irritada.
A forma melhor (mas que nem sempre resulta) é conversar muito calmamente com ela e explicar-lhe porque não se pode fazer as coisas como ela imagina, mas quando ela não acha a explicação suficiente resulta de novo em birra. A livrarias são com frequência palmo destas demostrações de mau feitio da minha pequenita. Como adora livros, teríamos sempre de comprar o que ela quer. Mas nem sempre se pode e nunca com base na chantagem, na birra ou na gritaria.
Confesso que ela me cansa de tal forma que chego a ceder só para não ouvir mais gritos, mesmo sabendo que isso não se deve fazer. Mas sou humana. E no fim de um dia de trabalho, por vezes simplesmente não consigo ouvir mais gritos e estar sempre em guerra com ela. Também preciso de um pouco de paz.
Com esta descrição ela parece um pequeno ditadorzinho, mas nem sempre é assim. É também muito mimosa e meiguinha e muito minha amiga. Sei que sou a pessoa que a consegue levar melhor, em especial com muitos abraços e companhia. É a minha "lapa". Anda comigo para todo o lado e conversa tudo comigo.
Penso sempre que é uma fase que vai ser ultrapassada, como penso que tenha sido a do sono, mas por vezes acho que tenho de ter alguém que me ajude a saber lidar melhor com ela, pois por vezes ela parece-me triste e muito pensativa para os seus 3 anos.
A verdade é que já passou por alturas menos difíceis, mas agora com as férias é sempre pior quando voltamos e as novas rotinas ainda não se instalaram. Espero que com o início do novo ano lectivo e das novas actividades (natação, ballet e ginástica) ela aclme quando acabar por estabelecer as novas rotinas.
É uma criança muito preocupada e com muitas ansiedades e medos. É também insegura e quer muito manter as rotinas que conhece e estar só com aqueles com quem se sente bem.
Por vezes acho que a protejo demais, na tentativa de não a fazer sofrer com os seus medos, mas sei que tenho de a deixar passar por els. Mas quando chega a altura da verdade, abro as minhas asas e guardo-a lá debaixo. Afinal tem só 3 anos. O meu medo é não a conseguir deixar voar mais tarde e que a prejudique. Só quero mesmo que ela seja feliz.
Penso que estas dúvidas se irão resolvendo ao longo dos anos com muita atenção, conversa, respeito e compreensão, mas ainda não desisti da ideia de procurar ajuda profissional. Vou esperar pelo início do ano e ver como corre e depois logo se vê.

Filhota 1

A Filhota nº1 tem já 8 anos e já anda a espreitar os 9 e a pensar na festa de anos.
Vai para o 3º ano. Muitas responsabilidades novas à espera de testar a sua maturidade.
Cada vez mais senhorinha, mas uma menina delicadíssima e muito sensível.
É a minha artista. Muito distraída e desarumada, mas com muita atenção para a beleza de tudo o que a rodeia. Dança ballet clássico há já 4 anos e meio e quer ir para o conservatório. A professora dá-lhe força e nota máxima em todos os parâmetros da avaliação. Vamos ver o que o futuro lhe(nos) reserva.
Agora o que mais faz é perguntar. Quer saber as explicações para tudo. Muitas vezes tenho de consultar a enciclopédia ou a internet, pois sem ajuda não lhe sei responder.
Não é por ser minha filha (ou talvez possa ser também dos meus olhos, mas isso não interessa nada), mas é linda e muito elegante. É uma criança com muito bom feitio. Dócil e que se adapta muito bem a ambientes novos e faz amigos com imensa facilidade onde quer que esteja. É fácil e muito bom estar com ela. Agora começa a ter algumas revoltas quando acha que poderão estar a ser injustos com ela, mas com jeitinho e uma boa explicação fica tudo bem.
É a minha princesa!!!

Quando penso que já tenho uma filha de quase 9 anos até fico assustada. Será que estou mesmo já com 34 anos? Mas a verdade é que já estou mesmo.
Há alguns anos atrás (que não parecem muitos) os trintões eram uns velhotes sem graça e com uma vida muito chata. Agora não acho nada disso. Gosto de ter esta idade!
Sinto que sei quem sou, não preciso de provar nada a ninguém, e sou dona da minha vida.
Por vezes nem sei bem porquê, mas sinto-me bem comigo. Tal como dizia a instrutora do ginásio "Mimem-se, gostem de vós mesmos! Mas sem exageros!"

Fim das más noites (espero...)

Depois da última mensagem tivemos de tomar medidas drásticas.
Pedimos ajuda à pediatra, que nos recomendou uma dose de um medicamento natural para acalmar e dormir.
Além disso impusemos regras, como não sair da cama sem ser para ir à casa-de-banho, não ir para a cama dos pais sem ser aos fins-de-semana e pela manhã, e além disso, colámos na cozinha um quadro em que colocamos todos os dias uma carinha verde, amarela ou vermelha conforme tinha sido a noite. Ao fim de uma semana só com carinhas verdes, havia direito a um presentinho como recompensa.
Inicialmente o quadro era muito vermelho e amarelo, mas lentamente foi ficando verdinho e as prendas foram também surgindo. A nova rotina instalou-se e as regras não foram quebradas (por vezes com muito custo e cansaço).
A verdade é que agora (e ao fim de mais de 3 anos e meio) acho que posso dizer que a minha filha já consegue dormir a noite toda (não todas as noites mas a maior parte) há já cerca de 2/3 meses.
Sinto-me outra. Parece que voltei a ter vida depois das 9 da noite. Consigo pensar melhor e ter mais disponibilidade e alegria. Já estava mesmo a precisar!